quinta-feira, 1 de março de 2012


Apresento o trabalho do módulo "Novos Paradigmas da Gestão de Negócios na Nova Economia", lecionado pela Professora Iracema Machado Aragão do curso de Pós-Graduação em Marketing da Universidade Federal de Sergipe. O trabalho foi redigido no mês de agosto de 2008.


A GESTÃO DA INOVAÇÃO E ESTRATÉGIA COMPETITIVA.

UMA FERRAMENTA IMPLANTADA PELA AMBEV PARA CONQUISTAR O PRIMEIRO LUGAR MUNDIAL DO MERCADO CERVEJEIRO
 
Carlos Fabrício Comunicólogo 

RESUMO:

A globalização impõe métodos de concorrência voláteis entre as empresas multinacionais. O processo de fusão ou compra entre as mesmas impõe novos paradigmas aos gestores das firmas. O presente trabalho faz uma abordagem histórica de como a AmBev, a maior empresa fruto do capitalismo brasileiro chegou a conquistar a primeira colocação mundial no ranking das indústrias de cervejas através da Inovação e Estratégia Competitiva.


PALAVRAS-CHAVES:

Globalização, Gestão, Marketing, Inovação e Estratégia Competitiva.
 

INTRODUÇÃO

Por um bom período o Brasil passou por uma forte recessão econômica. A dívida externa com o Fundo Monetário Internacional no início da década de 80 deixou de ser quitada e as empresas internacionais que investiam um grande volume de capital econômico se afugentaram do país. Nos anos 90 os governantes federais assumiram as dívidas internacionais, estabilizaram a tão temida inflação, criaram um ambiente financeiro estável aproximando investidores externos, reduziu as barreiras alfandegárias, realizou acordos multilaterais e bilaterais, etc. .

As transformações econômicas realizadas pelo Brasil na segunda metade dos anos 90 alteraram o cenário do mercado nacional. A partir daquele momento as ações da globalização por meio das empresas internacionais provocaram a inserção de novos produtos no mercado interno. As empresas brasileiras foram forçadas a inovar, agregando mais qualidade aos produtos e a buscando novos modelos de processos de fabricação. O objetivo era viabilizar o menor custo na fabricação final do produto, pois dessa forma ela poderia colocar um produto com qualidade e preço competitivo.

Nesse cenário de globalização as empresas líderes do mercado local passaram a ser assediadas pelas grandes multinacionais, às vezes por processos de fusões, outras pelo processo de compra. As duas maiores fabricantes de cervejas do Brasil, Brahma e Antarctica, no ano de 1999 se sentiram ameaçadas pelas multinacionais e partiram para um plano estratégico de fusão. Nesse momento surge a maior empresa produzida pelo capitalismo brasileiro, a AmBev.

O objetivo do trabalho é apresentar empiricamente os principais tópicos da aplicação da ferramenta Inovação e Estratégia Competitiva pela gestão da multinacional brasileira. A análise passará pela fusão ocorrida no ano de 2002 entre a AmBev e o grupo belga Interbrew, originando a InBev, e posteriormente, a forte ação competitiva do grupo belga-brasileiro que resultou na compra do símbolo do capitalismo americano, a cervejaria Anheuser-Brusch.


ESTABILIZAÇÃO ECONÔMICA BRASILEIRA

No passado, exatamente nos anos 80, a economia brasileira passava por um caudilho de situações nada agradáveis para o desenvolvimento dos mais variados segmentos da indústria e do mercado. Os empresários sofriam com a economia estagnada, não conseguindo unir investimentos privados e públicos para fomentar a engrenagem do crescimento. Os governos federais a partir dos anos 70 e principalmente os dos anos 80 constituíram dívidas externas junto ao Fundo Monetário Internacional a juros baixo, mas a instabilidade econômica afetou as contas dos governantes e por algum tempo deixou de honrar seus compromissos com os banqueiros americanos.

A forte recessão ocorrida no mercado americano, no final dos anos 70, elevou bruscamente o percentual dos juros da dívida externa brasileira, desestabilizando o investimento interno e afugentando os investidores vitais para impulsionar o crescimento. Diga-se de passagem, ao final da década de 60 e os primeiros anos da década de 70 o Brasil cresceu em um ritmo acelerado e nunca visto até os dias atuais. Para se ter uma idéia o Produto Interno Bruto chegou aos dois dígitos, 10%. Os cientistas econômicos apontam como fator preponderante para o aumento da dívida externa a crise do petróleo, originada no ano de 1973 levando a estagnação do crescimento brasileiro nos anos 80. A escolha dos juros flutuantes pela política econômica, inclusive a do Brasil, levou diversos países da América Latina a entrar em um forte processo de recessão e alguns chegando até a quebrar, como o caso do México no ano de 1982.

No início dos anos 90, ainda em fase de aperfeiçoamento do processo democrático instituído no final da segunda metade dos anos 80, o Brasil assumiu de fato a dívida externa e começou a pagar o compromisso firmado por governos anteriores. Não que os anos 90 foram de bonança para os governantes, os empresários e a sociedade. Muito pelo contrário, a explosão do aumento da dívida externa ocorreu com maior força no ano de 1999, chegando a mais de 190 bilhões de dólares. Foi um momento de desestabilização. Os preços dos produtos ofertados à sociedade entre os anos 80 e 90 eram remarcados todos os dias. Entretanto, pelo menos a inflação no ano de 1999 estava controlada, favorecendo a ruptura mercadológica para um novo cenário de crescimento planejado e expansão externa.

O início da competitividade no mercado brasileiro originou-se no ano de 1990, no governo de Fernando Collor de Melo. “O mérito da equipe de Collor, tardiamente reconhecido, foi de ter iniciado a abertura da economia brasileira, obrigando a indústria nacional a competir, pela primeira vez de verdade, com os concorrentes estrangeiros” (Revista Veja, nº 2077, setembro de 2008). A aproximação do Brasil em acordos bilaterais e multilaterais como, por exemplo, a participação do desenvolvimento do Mercado Comum do Cone Sul (MERCOSUL), a relação de envolvimento e composição da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) e a aproximação do MERCOSUL da União Européia contribuiu para o aperfeiçoamento dos produtos internos e também para o surgimento e desenvolvimento de novas empresas ligadas às diversas áreas.

O governo de Fernando Henrique Cardoso detém o reconhecimento por dar continuidade ao processo de abertura, lançar o Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal, estabilizar monetariamente o Brasil e implantar o processo de privatizações das estatais. Nesse cenário surgiram a Vale do Rio Doce e as empresas de telefonias nacionais e estrangeiras, elas melhoraram a área das telecomunicações, ampliaram a oferta e contribuindo à prática da competição interna. Os consumidores têm preços de tarifas baixas, aparelhos e sistemas com tecnologia de ponta. As multinacionais investiram um grande capital econômico no Brasil com o objetivo de ampliar os seus negócios, ganhar fatia do mercado e praticarem a competitividade no mercado brasileiro.
 

O SURGIMENTO DA GIGANTE AMBEV

O mercado cervejeiro brasileiro mantém uma forte história de relacionamento com o desenvolvimento econômico do Brasil. A primeira empresa surgiu no ano de 1885, com a fundação da Companhia Antarctica Paulista, e posteriormente a cervejaria Brahma, registrada no mercado pelo suíço Joseph Villiger na capital do Rio de Janeiro, no ano de 1888. A antiga cervejaria Brahma detém a marca nacional de fabricar a primeira cerveja no país, a Boehmia, no ano de 1853.

A história centenária das duas empresas ganhou uma nova direção no ano de 1999 através das práticas impostas pela internacionalização dos mercados mundiais. Devido ao posicionamento multilateral e bilateral do Brasil o mercado local abriu suas portas à globalização: parcerias, fusões e compras de empresas. As chegadas das indústrias internacionais no país contribuíram à elevação da capacidade tecnológica, grande produtividade e forte poder de inovação nos produtos e serviços. Nesse cenário surgem no mercado novas empresas dispondo de produtos das mais variadas marcas mundiais beneficiando a competição interna e posteriormente, a mudança de postura das empresas locais. Elas tiveram que se reinventar administrativamente, a competição acirrada obrigou-as a desenvolver produtos com mais capacidade qualitativa, repensar e aplicar os novos métodos de processos e fabricação em larga escala focando um menor custo para o mercado.

A abertura do mercado nacional para novas cervejarias mundiais a exemplo da holandesa Heineken e Anheuser-Busch dos Estados Unidos ameaçava expandir suas operações e automaticamente preocupar as gigantes cervejarias brasileiras. A reportagem do website http//veja.abril.com.br/070799/p_128.html, exemplifica de forma clara e objetiva o início da competição do mercado cervejeiro. Naquele momento, a líder mundial americana fabricante da cerveja Budweiser, a Anheuser-Busch, assumira um acordo iniciado no ano de 1995 com a cervejaria Antarctica, sendo que objetivo era fazer a fusão entre as duas empresas. Os diretores das cervejarias Brahma e Antarctica realizavam encontros constantes para discutir os negócios no mercado brasileiro e fatos econômicos mundiais. Independente de serem concorrentes locais existia uma relação muito próxima, uma relação mais íntima. Em uma das conversas os dois decidiram fazer a fusão e constituir a maior empresa capitalista do Brasil, a AmBev – Companhia de Bebidas das Américas. A negociação da Antarctica com a Anheuser-Busch estava sob análise do CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica, no período de 1995 a maio de 1998, esperando somente a aprovação do órgão regulador para concretizar a fusão. A cervejaria Antarctica rompeu o acordo com os americanos e firmou o processo de fusão entre as duas cervejarias nacionais no dia 1º de julho de 1999 e a homologação do CADE se concretizou no dia 30 de março 2000.

O nome escolhido para a nova companhia seguiu a tendência der ser gigante mundialmente desde o seu nascimento: um nome globalizado entre as Américas, uma cervejaria para o mercado das Américas. Concebida, pré-destinada para conquistar os mercados Americanos. No ano de 1998 o faturamento das duas cervejarias foi de 10,3 bilhões de reais. No Brasil a AmBev transformou-se no maior grupo privado dominando mais de 70% do mercado nacional e passou a ocupar a terceira posição no mercado mundial cervejeiro. Caso inclua os refrigerantes no seu mix de produtos ela é a quinta maior fábrica de bebidas do mundo.

As operações mercadológicas proporcionadas pela ALCA fortaleceram o crescimento dos principais setores da economia. Muitas empresas entreveram as inúmeras oportunidades benéficas com o processo de fusões entre empresas. Uma delas foi a implantação das novas metodologias científicas na área de gestão. A AmBev é o modelo perfeito para analisar os paradigmas encontrados pela gestão dos negócios. A cervejaria das Américas é exemplo do capitalismo brasileiro no mundo globalizado.
 

GLOBALIZAÇÃO: UM MUNDO DE CONQUISTAS

Muitos países ainda são contra o processo de liberação do mercado, a tão chamada globalização. Outros são a favor e acreditam nos seus objetivos para alcançar o sucesso mundial. O país que visa o crescimento econômico e alcança melhorias para sua nação, consegue detectar oportunidades ligadas intrinsecamente à globalização, como o Brasil. Os que não vivem estão no atraso e sem perspectiva de evolução, comprometendo as futuras gerações nos próximos 20 anos ou mais. Mas uma coisa é certa: no mundo globalizado ou o país faz parte ou ele não existe para o mundo econômico.

A globalização dos mercados mundiais implanta métodos de concorrência entre as marcas líderes do mercado interno, não mais local, e sim global. Vivemos em um mercado onde os produtos internos competem com os globais. As empresas mundiais aplicam métodos de competição para ganhar expansão mercadológica. Na ambição por dominar o mercado elas compram empresas de médio ou grande porte local, como as líderes de mercado, ou implantam o modelo de fusão para conquistar uma maior fatia do mercado, ampliar a logística de distribuição dos seus produtos, etc.. Na maioria das negociações as empresas locais de médio porte tornam-se pequenas no mercado local.

Para ilustrar o cenário aquisitivo entre instituições no mercado brasileiro o site http://veja.abril.com.br/070799/p_136.html, cita a ação do grupo financeiro inglês, o HSBC, ao implantar de forma arrojada a compra do banco brasileiro Bamerindus, ocorrida no ano de 1997. Naquela ocasião o grupo inglês já estava operando em 79 países espalhados pelos continentes e registrava a marca de 130.000 mil funcionários.

A matéria jornalística do site Veja reforça a preocupação dos cientistas econômicos em fundamentar estudos empíricos ligados diretamente à globalização. O cenário não era tão claro e ainda não é. Se olharmos desde o processo de crescimento brasileiro até a liberação do mercado nacional, mais ou menos em 30 anos, o ambiente empresarial foi alterado bruscamente: no primeiro momento as empresas eram voltadas totalmente para a produção, no segundo momento o foco era ligado para o mercado e no terceiro momento as empresas visavam o consumo. Não que o assunto já esteja resolvido na contemporaneidade. Muitos livros da área administrativa continuam a ser lançados, eles indicam estudos científicos da nova tendência de gestão: os consumidores, as pessoas.

A matéria do referido site predisse o cenário de aquisição e fusão no mundo globalizado, “... essas empresas globais que já assustam com seu tamanho atual, tendem a se tornar ainda maiores, comprando empresas concorrentes ou fundindo-se com elas. O espetáculo é visível e deve intensificar-se nos próximos anos” (http://veja.abril.com.br/070799/p_136.html,). No ano de 1999 o mundo intensificava suas ações para a dominação de mercados, como exatamente a Budweiser tentou realizar, a fusão entre a cervejaria brasileira Antarctica, como já citado no capítulo anterior. De fato o mercado brasileiro ainda é altamente atraente em diversos seguimentos, inclusive o cervejeiro que passa por constantes disputas mercadológicas.

Recentemente, o grupo mexicano Femsa Cerveceria, um dos principais concorrentes do grupo AmBev, comprou a cervejaria Kaiser de um grupo brasileiro. Vale destacar que a Femsa detém 68% das ações, 15% do grupo canadense Molson e 17% da holandesa Heineken. A marca Kaiser é operacionalizada no Brasil por três grupos: mexicano, americano e europeu representando muito bem o cenário do capitalismo globalizado embasado pela citação do site Veja.

Focando a AmBev como exemplo do mercado capitalista brasileiro, a sua fusão contribuiu para o fortalecimento da indústria cervejeira nacional. No momento da negociata, a sociedade, os estudiosos e os concorrentes: os grupos Schincariol e Kaiser. A Schincariol afirmou que estava preparada para a concorrência e a Kaiser entrou com representação no CADE alegando que a AmBev dominaria o mercado cervejeiro nacional, ela possuíra mais de 70% de participação, enquanto as concorrentes nacionais e internacionais dividiriam os outros 30%. Não foi o que aconteceu no mercado! Os consumidores finais foram os que mais saíram ganhando com a forte disputa, os preços despencavam e as grandes indústrias, como a AmBev, tinham um maior volume de produção, e por isso praticavam preços mais justos para o consumidor.

O argumento construído pela Kaiser estava totalmente equivocado. Os diretores olhavam somente a disputa no mercado interno nacional, não tinham a leitura completa das ações das empresas transacionais e a AmBev olhava primeiramente para os mercados Americanos, como o dos EUA e os países da América do Sul. A meta da compania era ganhar o mundo. A aquisição da Kaiser no ano de 2006 pelo o grupo mexicano Femsa comprova que a antiga administração da Kaiser estava errada em querer olhar somente para uma concorrência interna, sem ao menos perceber que estava sendo ofuscada pelos mercados interno e externo, perdendo participação nos principais centros brasileiros e por isso, acabou sendo engolida pela ação da empresa globalizada Femsa.

O Brasil vive um clima eufórico com a globalização: é notável o aumento da arrecadação de impostos. Somente a AmBev no ano de 2007, firmou-se entre as dez empresas que mais pagam imposto no país, foi mais de R$ 10 bilhões. Ela atende a quase um milhão de ponto-de-vendas somente no Brasil. Suas operações globalizadas estão presentes em 22 países nas Américas. Mais a frente será discutido o processo de gestão da AmBev no Brasil. O objetivo é identificar uma das principais ferramentas utilizadas para superar os paradigmas econômicos impostos pelo processo contínuo do mercado globalizado.

Não é só a AmBev que faz esse clima eufórico, a edição 2044 da revista semanal Veja, datada no dia 23 de janeiro 2008, traz a reportagem “A Supereconomia”: ela descreve um medidor de crescimento do Brasil, os números dos empreendedores milionários não param de crescer, a consultoria internacional Boston Group apresentou os resultados do ano de 2007. O Brasil atingiu a marca de 190.000 mil pessoas com aplicações financeiras superior a um milhão de dólares, ou mais. Se no passado, exatamente no ano de 2002, o país tinha números em torno dos 75.000 milionários, de lá para cá o número total cresceu mais de 150%. Somente no ano de 2007 foram 60.000 a alcançar a marca. Os dados demonstram a capacidade do Brasil de gerar emprego e riqueza, a economia passa por um processo de amadurecimento que aponta ótimos indicadores econômicos: no ano de 2007 foram criados 1,6 milhões de empregos com carteira assinada; a taxa de crescimento alcançou 5% ao ano e as vendas do comércio cresceram 10% em 2007.

A globalização dos mercados contribui para o desenvolvimento do Brasil. Os números relacionados em qualquer operação são bilionários. Também tem a implantação de novas tecnologias no mercado local onde acelera o processo de inovação. E para inovar, as empresas necessitam do conhecimento humano. O país precisa elevar os investimentos em políticas públicas, como as educacionais. A globalização abre as portas para o emprego interno, ajuda no processo de desenvolvimento intelectual e sócio-cultural da população, torna as empresas do país mais competitivas e fazem os empreendedores acreditarem que a globalização oferece um mundo de conquistas.
 

AMBEV: A CONQUISTA É O MUNDO

No ano de 2004, a AmBev anunciou mais um passo para alcançar a vice-liderança mundial do mercado cervejeiro. Após conquistar os mercados Americanos, a cervejaria brasileira passou a olhar para o outro lado do continente: o mercado europeu e asiático. Segundo o jornal digital Gazeta Mercantil, por meio da matéria publicada no site http://indexet.gazetamercantil.com.br/arquivo/2004/03/03/484/AmBev-confirma-fusao-com-Interbrew.html confirmava a criação da nova multinacional belga-brasileira. No mês de março de 2004 a cervejaria belga Interbrew anunciou que iria assumir o controle das operações da AmBev. As operações da multinacional eram realizadas em 21 países, englobando a propriedade de mais de 200 marcas de cervejas e as condições necessárias para os gestores da AmBev Brasil penetrar o mix de produtos de uma só vez nos três mercados: Norte-Americano, Europeu e Asiático.

Naquele momento nascia a nova compania multinacional belga-brasileira InBev, tornando-se vice-líder do mercado mundial, movimentando o total de 22 bilhões de dólares. A estratégia competitiva dos gestores das cervejarias Brahma e Antarctica era competir em outros mercados, visando penetrar o seu mix de produtos em mais dois continentes. Eles chamaram o nome da fusão de “aliança global”. A AmBev dominava os mercados da América do Sul, mantinha um bom posicionamento no Caribe e a cervejaria Belga era bastante forte no mercado europeu, no Canadá e no México. As duas empresas fundidas produziram cerca de 185 milhões de hectolitros, nos quais 105 milhões ficaram por conta da AmBev e 80 milhões de hectolitros ficará por conta da Interbrew. O site http://noticias.uol.com.br/inter/reuters/2004/03/03/ult27u40965.jhtm publicou um dado bastante interessante: a negociação foi mantida por meio de troca de ações e após ser concluída a Interbrew terá 84,9% do capital votante da AmBev e 57,5% do capital total da Interbrew/AmBev. No acordo ficou decidido que as operações realizadas nos países latino-americanos ficará por conta da AmBev e os mercados europeus e asiáticos por conta da Interbrew.
 

INBEV: A CONQUISTA É O PRIMEIRO LUGAR NO MUNDO

A AmBev utilizou muito bem as estratégias para alcançar o sucesso nas Américas. Ao constituir o maior grupo privado do país no ano de 1999 e ocupar a terceira posição mundial entre os fabricantes de cervejas, o grupo deu mais um passo à fusão com a compania cervejeira belga Interbrew, visando ampliar a penetração das cervejas e bebidas mundiais brasileiras no continente europeu e asiático. Após as trocas de ações entre o grupo Belga e a AmBev nasce a InBev ocupando a  segunda colocação mundial do mercado cervejeiro.

A partir de agora a análise do grupo AmBev focará exclusivamente o formato de gestão competitiva, incorporada desde a primeira fusão. Será necessário cruzar informações publicadas por periódico semanal, reportagens dos sites jornalísticos especializados em economia e justificar os posicionamentos estratégicos de acordo com os métodos de estudos empíricos. A síntese do estudo referente ao processo competitivo imposto pela gestão da AmBev mostrará de forma contundente como o grupo belgo-brasileiro InBev, presidido pelo diretor Carlos Brito e os principais acionistas individuais do grupo, Marcel Telles, Carlos Alberto Sucupira e Jorge Paulo Lemann “todos ex-Brahma” chegaram ao topo da liderança mundial.

A possibilidade em aprofundar os estudos científicos direcionados aos novos modelos de gestões e como é superado os paradigmas encontrados pela AmBev no Brasil e nas Américas, e InBev nos mercados europeus e asiático são inúmeras. Poderia descrever como as empresas juntas podem desencadear novos processos produtivos através da aglomeração local e cadeia de valor. Poderia descrever como a tecnologia da informação foi incorporada ao processo de gestão, ou comentar sobre o método empreendedor do presidente do grupo InBev e seus principais acionista. Mas se existe um passo importante para a empresa sobreviver em um mercado globalizado é como ela se organiza estrategicamente para conquistar mercados. As principais companhias mundiais de um setor específico ou não, buscam fazer fusões e conseqüentemente ameaçar o mercado interno, e é através da estratégia competitiva que algumas alcançarão o contínuo crescimento mundial em um mercado altamente volátil.
 

INOVAÇÃO E ESTRATÉGIA COMPETITIVA

No dicionário Aurélio a palavra competir tem seis derivações, a segunda representa o universo da competitividade encarada pelos executivos da AmBev: disputar a vitória em partida, concurso, torneio, etc. A partir do momento que a empresa entra no mercado para disputar fatia dele a palavra competir está ligada intrinsecamente com os seus concorrentes e a instabilidade do mercado. Nesse caso, é necessário aplicar estratégias bem definidas para alcançar os objetivos. Existem diversos estudos sobre estratégia competitiva, mas a citação que pode orientar para a organização de um plano estratégico é a seguinte: “As estratégias são fundamentadas na avaliação das ameaças e oportunidades externas e da capacidade interna da firma responder a esses desafios e influenciar o ambiente externo” (Bastos, 2006;165).

Ao relatar o processo de fusão entre as duas companhias brasileira no ano de 1999 a revista digital http://veja.abril.com.br/070799/p_128.html exemplifica por meio da matéria jornalística econômica a ciência de Bastos citada acima. A Brahma não conseguia expandir suas operações e aguardava seu processo de fusão com a terceira maior cervejaria mundial, Miller Brewing Company (1995 a maio 1998), a cervejaria Antarctica também aguardava há dois anos o processo com a americana Anheuser-Busch, a primeira do mundo e dona da marca Budweiser.  O tramite dos processos estavam em avaliação no órgão de defesa do consumidor brasileiro, o CADE, dando tempo às duas companhias brasileiras reverem a estratégia avaliada na ameaça de mercado. A Brahma realizou uma pesquisa e diagnosticou que a Antarctica poderia perder 8% do mercado nacional, suas ações na bolsa de valores estava estática há um bom tempo, ela passava também pelo processo de fusão com a Anheuser-Busch e deduziu claramente que a cervejaria Antarctica poderia ser engolida pela era da globalização, pelo processo de fusão ou compra.

A resposta para o ataque teve que ser rápido e imediato. A Brahma não levou a frente a fusão, a Antarctica rompeu com a fabricante da Budwiser e naquele encontro rotineiro entre os diretores brasileiros surgiu a maior empresa nacional de capital privado, a AmBev, sendo a terceira companhia mundial cervejeira. No momento da reunião, Teles diretor da Brahma e De Marchi diretor da Antarctica, tiveram a capacidade de vislumbrar a oportunidade do mercado externo para a nova companhia e também a capacidade interna de frear o avanço das multinacionais no mercado brasileiro. Afinal, a cervejaria nacional detinha 70% do mercado, 50 fábricas no território nacional, ocupou a condição de ser a terceira maior cervejaria do mundo e incluindo os demais produtos do seu mix, como por exemplo o refrigerante, chegou a quinta colocação no segmento mundial de bebidas. A AmBev primeira empresa nascida no capitalismo brasileiro mostrou claramente uma forte capacidade interna de responder aos ataques das empresas mundiais, também manteve a condição de frear as ações de marketing das multinacionais, preservando as outras companhias de bebidas nacionais, como a Kaiser e a Schincariol. Sem contar o desafio de conquistar as Américas!

Uma coisa é certa, a AmBev comprovou a capacidade de influenciar o ambiente externo. A matéria cita que a Brahma já era dona de 12% dos mercados argentino e venezuelano, e a fusão realizada com a Antarctica daria as duas cervejarias nacionais porte industrial necessário para enfrentar a competição naqueles mercados, onde as cervejarias locais mantinham 80% de participação mercadológica. A meta da AmBev era conquistar a América do Sul deferindo assim, uma forte disputa pelos mercados.

Bastos (2006) apontou quatro conceitos da estratégia competitiva, mas elucubraremos apenas um para reforça o último parágrafo acima. Como a AmBev mantinha 70% do mercado local, 50 fábricas no Brasil e participação em outros países da América do Sul e começara a partir à competição nos mercados sul-americanos. A ação de competição imposta pela AmBev se relaciona diretamente com todos os quatros conceitos, mas o primeiro conceito que o autor citou a estratégia baseada estrutura-conduta-desempenho desenvolvida por Poter (1980) é o foco principal. A gigante brasileira, a terceira companhia mundial de cerveja seguiu a risca tal estratégia e a maior preocupação é o setor onde a industria está inserida. Antes era local, passou para regional, foi indo até chegar a nacional e atualmente, mercados internacionais sendo voláteis, a preocupação do setor industrial cervejeiro passou a ser mundial.

O autor descreveu as cinco forças competitivas que influência diretamente no ambiente, o setor da indústria cervejeira: a força dos recursos financeiros da AmBev e tamanha participação no mercado brasileiro podem controlar qualquer ameaça das multinacionais, barreira de entrada. Se as duas fusões das empresas brasileiras acontecessem com as duas líderes do mercado mundial poderia acontecer a substituição dos produtos, ou seja, as cervejas Brahma e Antarctica poderia perder espaço para a Miller e Budwiser, a AmBev conseguiu bloquear a força competitiva, ameaça de substituição. A atual página da internet da empresa brasileira http://www.ambev.com.br/val_01b.htm, apresenta atualmente um conjunto de sete mil fornecedores de bens e serviços necessários para empresar funcionar e na etapa de aquisição de insumos, trabalha com diversos setores da economia; agrícola, energético, celulose, alumínio, químico, vidro, público além de favorecer os produtores da região do baixo Amazonas. Tamanho vigor pode exemplificar a terceira força competitiva, o poder de barganha de fornecedores. Referente à quarta força, o poder de barganha junto aos clientes, os números são impressionantes, a AmBev mantém milhares de distribuidores espalhados no país e para prospectar novos consumidores a concorrência é diretamente no ponto-de-venda visando penetrar as marcas do seu mix em diversas classes sociais por meio de ações de marketing. O objetivo é ganhar volume de venda e fornecer produtos com preços competitivos. A última força competitiva, a quinta, a rivalidade entre os competidores, não na esfera local, quer dizer no Brasil, mas na esfera internacional. A ação imposta pela AmBev no mercado sul-americano para conquistar fatia de mercado das empresas líderes em seus países mostra a força competitiva rivalidade entre os competidores existentes.

A finalidade da exemplificação comparativa das ações estratégicas da AmBev ligadas intrinsecamente com as teorias apresentadas pelo autor é somente para esclarecer as forças e fraquezas dos ambientes externos e internos e como eles influenciam na dinâmica da gestão. Mas como será a gestão interna da AmBev? Lembra quando foi apontada a ciência de Poter (1986) logo acima, foi apontado somente o primeiro conceito de um total de quatro da estratégia competitiva. As últimas duas capacitações a dinâmica e baseado em recurso são relevantes. Vale mais a pena, ir direto ao fato: Bastos (2006) ensina que o ambiente interno da firma está relacionado com a capacitação “conhecimentos tácitos” e os recursos “disponíveis”. Ele faz a reflexão que as estratégias competitivas só são possíveis quando o gestor consegue articular o dois ambiente, interno e externo enfatizando o acesso ao conhecimento. Demonstra claramente que as estratégias tecnológicas surgem da estratégia competitiva e aplicar teoricamente no mercado é muito importante para o sucesso das operações.
 

ESTRATÉGIA OFENSIVA: A DERROTA DO CAPITALISMO AMERICANO

Nos anos 90 muitos brasileiros criticavam a globalização dos mercados. Achavam que os produtos brasileiros perderiam espaço e como conseqüência das perdas mercadológicas as indústrias fariam demissões em massa. Porém, Temos que entender que por muitas vezes a empresa busca melhorar o processo de gestão e faz da demissão uma opção em prol do equilíbrio das operações financeiras.

A AmBev após executar a fusão com o grupo belga da Interbrew passou a ser dirigida pelo novo grupo InBev. Começou a distribuir as principais marcas de cervejas e bebidas brasileiras na América do Norte, Europa e Ásia. A InBev como citado antes, passou a ocupar a segunda posição mundial no mercado cervejeiro, mas a meta dos gestores era alcançar o primeiro lugar. O mercado globalizado não esperava pela estratégia ousada do presidente do grupo belgo-brasileiro Carlos Brito e dos principais acionistas individuais do grupo InBev: Marcel Telles, Carlos Alberto Sucupira e Jorge Lemann “todos ex-Brahma”.

A revista brasileira semanal Veja, edição 2070, de 23 de julho de 2008, direcionou a pesquisa científica ao mais próximo possível do modelo de gestão do grupo InBev baseado na estratégia ofensiva. A reportagem confirmou o modelo agressivo competitivo praticado pelo grupo belga-brasileiro visando conquistar o primeiro lugar mundial. A oferta de 52 bilhões de dólares para a compra da Anheuser-Busch, uma cervejaria americana, com mais de 150 anos de existência, indústria que é exemplo do capitalismo americano. A oferta da InBev praticado pelos gestores brasileiros balançaram o cenário globalizado mundial. A fabricante da Budweiser se rendeu ao capitalismo brasileiro.

Mediante aos fatos apresentados pela revista semanal, a ação da InBev pode ser caracterizado, empiricamente, como Estratégia Ofensiva. Segundo (Bastos 2006) as maiores empresas do mercado adotam na prática tal estratégia com o objetivo de conquistar liderança tecnológica no setor industrial cervejeiro. A InBev aplica o modelo de gestão praticado pelos gestores brasileiros da antiga Brahma.

Desde criação da InBev os brasileiros eram maioria no conselho da firam, no total de doze conselheiros, sete são brasileiros. E mais, outros 130 brasileiros estão nos quadros de diretores da InBev espalhados por todos os continentes. O autor frisa o seguinte: se as firmas buscam implantar a estratégia ofensiva, os gestores devem estar preparados para executarem investimentos em longo prazo e assumir riscos. A reportagem semanal retrata a nova gigante do mercado cervejeiro mundial: a Anheuser-Busch InBev que detém o faturamento de 37 bilhões de dólares ao ano, 46 bilhões de litros vendido anualmente, o valor de mercado é de 114 bilhões de dólares e o presidente da firma é Carlos Brito, ex-Brahma. Os gestores brasileiros ficaram a frente do negócio e afirmaram que nos próximos cinco anos o grupo não poderá pensar em aquisição, pois estarão empenhados no trabalho para pagar o gigantesco empréstimo tomado junto aos bancos. Essa passagem exemplifica obviamente os ricos citados por Bastos pelas empresas que optam por implantar a estratégia ofensiva.

Cientificamente, Bastos (2006) cita as seis estratégias tecnológicas de Freeman (1997) onde as empresas têm como possibilidades de incorporar na inovação e estratégia competitiva. Não serão descritas todas, mas as mais abordadas na gestão do grupo InBev e que direcionaram a compra da empresa cervejeira símbolo do capitalismo americano. A escolha da estratégia pelo conselho deliberativo e diretores da ImBev determinou no momento correto a negociação com a fabricante da Budwiser e utilizou o conhecimento “tácito” da área econômica e industrial cervejeira. A empresa visa aplicar o modelo de gestão brasileiro para reorganizar a estrutura organizacional das novas fábricas no mercado americano, investir recursos financeiros para ter maior capacidade competitiva e poder obter o retorno do investimento financeiro a médio e longo prazo.

Os americanos acostumados a praticar os métodos capitalistas no mercado globalizado não suportaram o duro golpe da ação estratégica competitiva brasileira. A revista semanal citada, afirma que os políticos e sindicalistas americanos mostraram a sua insatisfação elevando o tom de voz contra a operação belgo-brasileira. Infelizmente eles esqueceram a quantidade de vezes que aplicaram os mesmo métodos competitivos em países em desenvolvimento. O candidato à presidência dos EUA, Barack Obama, saiu em defesa da compania americana, afirmando que seria uma vergonha ver os estrangeiros serem donos da Bud. Também existiu a ação de bloqueio por métodos tecnológicos, isto é, websites desenvolvidos para tentar barrar as operações da InBev. Os americanos eram convidados a deixar mensagens de incentivo contra a venda da Bud à InBev.

Dando maior amplitude aos métodos da estratégia ofensiva à matéria publicada no site http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2004/3/9/noticia.109599/, no ano de 2004, que relata a competição entre as duas maiores companias mundiais. A fusão que originou a InBev deixou a companhia na primeira posição mundial, ultrapassando, naquele momento, Anheuser-Busch. Em um segundo momento, no primeiro trimestre do ano corrente, o site http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2008/02/06/sabmiller_desbanca_inbev_da_lideranca_1180324.html, informou a perda de liderança da InBev. A cervejaria inglesa SABMiller conquistou um forte crescimento no mercado chinês e adquiriu a cervejaria holandesa Grolsch alcançando a primeira posição mundial entre as cervejarias. A fabricante americana da Budweiser despencou para a quarta posição no ranking mundial, já o terceiro lugar passou a ser ocupado pela Heineken. A busca contínua pela liderança do ranking das firmas multinacionais cervejeiras comprova a prática da ciência administrativa entre as gestões das empresas. A oscilação pela liderança aponta que as empresas não adotam somente um modelo das estratégias citado por Bastos (2006), elas executam a ciência de forma a manterem um melhor posicionamento conforme a mudança no mercado.

Os conhecimentos tácitos apontados pelo autor citado acima fazem parte do sucesso do plano administrativo das firmas. A InBev retornou ao topo do ranking mundial das cervejarias, mas existe uma disputa acirrada pelo processo de pesquisa e desenvolvimento para suprir o recuo da demanda cervejeira imposta pela Lei Seca que pune o condutor de veículo quando este apresenta teor alcoólico acima do limite permitido. O site de noticiais http://www.bemparana.com.br/index.php?n=79033&t=empresas-disputam-o-1-chope-sem-alcool, ilustra a corrida na disputa de mercado pelo aparecimento da nova demanda de consumidores. A ciência de Bastos (2006) traduz empiricamente a disputa entre as duas multinacionais: ao lançar um novo produto no mercado, o investimento em Pesquisa e Desenvolvimento é altíssimo e contínuo, se estende até o pós-lançamento, como no caso da cerveja sem álcool Liber fabricada pela AmBev no ano de 2004. Ao lançar a versão em chopp, é natural que sejam desenvolvidas ações em marketing para aproximar o produto aperfeiçoado da nova demanda dos consumidores. Esse estudo de caso, fomenta o quanto é importante a articulação contínua da estratégia tecnológica e competitiva.
 

CONCLUSÃO

O processo de competição globalizada imposta pelas multinacionais impõe comportamento, pensamento lógico, rápido e eficaz por parte dos gestores do mercado interno ou mundial. O estudo de caso AmBev demonstrou como é possível sair da condição de ameaçados e chegar ao topo do ranking mundial dos fabricantes de cervejas aplicando os fundamentos da ciência administrativa, como a exemplo da Estratégia Ofensiva.

A apresentação dos processos de fusões realizada pela empresa AmBev desde 1999 até a contemporaneidade, proporcionou o estudo empírico do paradigma: Inovação e Estratégia Competitiva, demonstrando a capacidade interna de a empresa responder às flutuações do ambiente externo, como por exemplo, a dificuldade para barrar as ações das multinacionais no mercado brasileiro e aproveitar as oportunidades como a compra da cervejaria símbolo do capitalismo americano. Tais fatos demonstram que a cultura agressiva competitiva do presidente da Inbev e dos principais acionistas, todos ex-diretores da cervejaria Brahma, torna-se tanto um elemento do recurso estratégico, como também um conhecimento tácito do mercado cervejeiro mundial que ajuda a manter a liderança em mercados locais.
 

BIBLIOGRAFIA

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http://www.fyi.blog.br/gestao-empresarial/fusoes-e-aquisicoes-a-inbev-atras-da-lideranca-mundial-no-mercado-de-bebidas.html

http://www.sindicerv.com.br/mercado.php



Revista Veja, nº 2070. São Paulo: Editora Abril, 23 de julho de 2008.

Revista Veja, nº 2077. São Paulo: Editora Abril, setembro de 2008.

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