sexta-feira, 22 de março de 2024

ONU adverte para possível recorde de calor em 2024

A temperatura continua a subir em várias regiões. Na terça-feira (19), a Organização das Nações Unidas (ONU) apresentou o relatório anual Estado do Clima Global, da Organização Meteorológica Mundial (OMM), alertando para a "alta probabilidade de 2024" ser o ano mais quente já registrado no planeta, nos últimos 174 anos. 

As marcas da alta temperatura não param de ser batidas. A OMM destacou que a década encerrada em 2023 foi a mais quente já registrada, com recordes de temperatura, níveis alarmantes de gases de efeito estufa e derretimento das geleiras.

Segundo a secretária-geral da OMM, a argentina Celeste Saulo, em 2023, a temperatura média global foi 1,45°C acima do nível pré-industrial, perto do limite de 1,5°C do Acordo de Paris. Diversas nações já enfrentam problemas provocados pelos fenômenos das mudanças climáticas extremas. 

No Brasil, não é diferente, as altas temperaturas registradas acima da média nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste foram noticiadas pela imprensa nacional na última semana. Além das chuvas extremas, secas recordes nas regiões Norte e Nordeste, a exemplo da Amazônia, e ventos de alta intensidades que estão provocando catástrofes naturais. 

O relatório anual da OMM apontou que o derretimento do gelo marinho na Antártica também atingiu níveis alarmantes, contribuindo para um aumento acelerado do nível do mar que afetam a infraestrutura litorânea de vários países ao redor do mundo. O fenômeno é estudado há 65 anos e, segundo um indicador, é que mais de 90% dos oceanos enfrentaram ondas de calor em algum momento no ano de 2023.

Segundo a OMM, em entrevista à imprensa, relatou o aumento da temperatura dos oceanos, em particular, como o mais preocupante dos efeitos climáticos extremos, "quase irreversível", já que os oceanos poderão precisar de milênios para se recuperarem.

As mudanças climáticas extremas vêm provocando secas e enchentes, afetando diretamente o deslocamento da população para outras regiões, a biodiversidade é gravemente afetada, e a insegurança alimentar se torna cada vez mais presente em diversas regiões do mundo.

Foto Destacada: Wirestock / Freepik

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