quinta-feira, 14 de maio de 2009

Participação do Concurso Mica Carta Aberta

No mês de abril do ano 2008, Carlos Fabrício, participou do concurso Mica Carta Aberta, realizado pela empresa Mica Cartões Publicitários aqui no Brasil, associada a IFA – International Freecards Alliance. O concurso já fez sucesso em países como a França, Inglaterra e Itália, sempre abordando temas com o foco no aquecimento global, sustentabilidade, boas maneiras. O objetivo é conscientizar e alertar os seres humanos para o problema do aquecimento global e divulgar os profissionais ligados diretamente à comunicação no exterior. Os três melhores trabalhos foram divulgados no 55º Festival Internacional de Publicidade de Cannes. Segue abaixo o texto de justificativa para criação da peça gráfica.

ANÁLISE DO CENÁRIO

A dependência dos combustíveis fósseis em todo mundo, retrata o desequilibro entre as nações, seja no campo do desenvolvimento sócio-econômico ou no uso do poderio bélico, visando a exploração do ouro negro natural através da força, da guerra.

É evidente que a ciência avançou ao longo dos anos no processo e no desenvolvimento de novos produtos tendo como base a matéria prima petróleo. Entretanto, este pode ser considerado um dos grandes vilões na degradação do meio ambiente. As pesquisas apontam à escassez do petróleo na segunda metade deste século proporcionado pelo aumento da demanda. O gás carbônico, liberado pelo funcionamento dos automóveis, influencia diretamente no aquecimento global. Outro fator que contribuiu são os combustíveis derivados do petróleo usados nas indústrias, eles geram toneladas de gases tóxicos contribuindo à poluição dos grandes centros.

Por isso, a busca por novas fontes de energia faz parte da ciência contemporânea. Mas a preservação do meio ambiente não depende exclusivamente das novas descobertas, mas da preocupação e preservação por parte de todas as pessoas.

O crescimento do mercado automobilístico no Brasil justifica a busca por novos modelos de transportes ecologicamente correto. No primeiro trimestre de 2008 a cidade de São Paulo ficou sufocada, agonizando com o aumento da emissão do gás carbônico proporcionado pelo o uso dos automóveis. O nível do poluente expandiu-se, chegando às cidades circunvizinhas da terra da garoa, essas cidades mantinham o controle da emissão de gás carbônico, e hoje proporciona um ambiente insalubre à população. Fica claro, que o aumento na frota de veículos traz o caos no trânsito nas megalópoles, nos grandes centros e nas cidades em desenvolvimento como acontece na de Aracaju.

ANÁLISE DO CENÁRIO LOCAL

Aracaju é atualmente considerada como a primeira cidade do Norte e Nordeste em termo de qualidade de vida pelo fato da população manter satisfação em 12 áreas, como por exemplo, a oferta de serviços públicos, moradia, renda, alimentação, áreas para prática de esportes, problemas com a violência, etc. Por outro lado, o aumento no fluxo de veículos contribui para o trânsito caótico, conturbado, estressante e poluente proporcionando o desenvolvimento de novos hábitos de comportamento entre a população. O objetivo é amenizar o efeito estufa e obter economias.
Com a crescente expansão das ciclovias em Aracaju, com mais de 40 km, a bicicleta torna-se um meio de transporte rápido - quando comparado com a lentidão do caótico trânsito -, eficiente, econômico e de hábito salutar à saúde dos usuários.

A capital sergipana segue um ritmo acelerado de crescimento sócio-econômico-cultural. Predominantemente o mercado automobilístico gera emprego e renda para muitos aracajuanos e contribui para o fortalecimento das receitas municipal e estadual. Por outro lado, os automóveis vêm afetando a qualidade de vida dos aracajuanos, através da poluição do gás carbônico, da poluição sonora, do comportamento agressivo dos condutores, do crescente número de acidentes e vítimas oriundo do trânsito, etc. Também existe a abertura de novas ruas e o lançamento de novos bairros. O fato é que o poder público e o privado não se preocupam com a vegetação que compõe o ecossistema da cidade (mangues e apicuns), não desenvolvem políticas públicas de preservação, manutenção e arborização dos canteiros e das vias públicas.

A cidade de Aracaju, como diversos centros do Brasil é propícia para o desenvolvimento salutar por meio de passeios ciclísticos entre amigos e familiares. A substituição do veículo automotivo por bicicleta como ferramenta de locomoção é um paradigma à sociedade sergipana no atual momento. A população de baixa renda utiliza a bicicleta como veículos de locomoção objetivando diminuir os gastos com transportes públicos.

A nova geração ocupa-se recreativamente com jogos em rede computadorizados, com brinquedos eletrônicos e a bicicleta fica em segundo plano, não fazendo parte do hábito educativo e recreativo dos baixinhos. O crescimento de pequenos roubos na cidade leva os pais a se sentirem mais seguros ao deixar o filho freqüentar uma lan house ou passar horas no quarto conectado na internet. Eles evitam deixar o filho sair por aí de bicicleta e vivenciar novos horizontes.

Entre os jovens e adultos o comportamento soberano dos veículos automotores sustenta a posição de status do poder econômico. Está longe para os aracajuanos das classes mais abastarda desenvolverem o hábito de trocar a locomoção automotiva pelo o uso da bicicleta.

ESTRATÉGIA DE CRIAÇÃO

O paradigma rompe a ambigüidade de uma bicicleta levar um veículo para qualquer lugar sem prejudicar o meio ambiente, evitando o aquecimento global através da queima dos combustíveis fósseis e do próprio etanol que é lançado diariamente na atmosfera.

JUSTIFICATIVA DE CRIAÇÃO

A proposta para o desenvolvimento do material reflete na variação entre o verde “representatividade na natureza”, o branco “ar puro, limpo e salutar às pessoas” e o cinza “a cor cinzenta do céu pelo fato de o ar estar poluído”.

Como os quesitos importantes no julgamento do concurso são a contextualidade e a criatividade, o desenvolvimento do desenho a mão livre da bicicleta, fez valer a troca dos raios de metal da roda pelas as árvores e dos pneus pela cor verde. O objetivo é buscar o reforço ambiental na perspectiva de preservar a natureza, supondo evitar a suspensão no ar do gás carbônico produzido pelo funcionamento dos veículos automotivos.

A fotografia do veículo reforça a contextualidade da poluição ocasionada pelo funcionamento do motor, liberando gás carbônico e transformando o céu da cidade aracajuana em um ambiente hostil e insalubre para a população, para as árvores e para o planeta.

PLANEJAMENTO VISUAL

O objetivo do planejamento visual é apresentar uma arte limpa, clara, sem a poluição de objetos gráficos visando não tirar o foco do contexto. O equilíbrio visual entre a bicicleta e o carro não mantém perfeição, mas reforça a viabilidade do poder da bicicleta em contribuir com a preservação do aquecimento global, levando o veículo automotivo para qualquer lugar, através do esforço físico do condutor. Tal comportamento gera saúde, educação, entretenimento e preservação ambiental!

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo científico e a genialidade dos engenheiros automotivos para viabilizar a fabricação de um veículo aproximam-se da perfeição. Entretanto, no mundo não existe algo tão perfeito como a própria natureza, e obter através da criação artística publicitária e do design gráfico que são objetos perfeitos da inspiração intelectual do artista, reflete na contextualização da linguagem não verbal dirigida para a preservação do meio ambiente: rodas e pneus que sustentam a bicicleta composta por árvores e plantas. Aliás, as mesmas sustentam a sobrevivência da vida humana na face da terra. Por outro lado, lança luz em um futuro próximo a viabilização da fabricação da bicicleta EcoBike. É tempo de viabilizar inovações tecnológicas no intuito de adquirir vantagens competitivas para confrontar a forte concorrência mercadológica.

Inovar o sistema de locomoção aracajuano por um meio não poluentes como a EcoBike torna-se uma vantagem competitiva que visa não só suprir o processo de deslocamento, mas de preservação do meio ambiente.

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