Alguns profissionais vêm deixando de fazer o que é mais importante no ambiente de trabalho. Deixa de cumprir com suas tarefas diárias para consultar o seu e-mail pessoal, ou, bater aquele papo com seus amigos, seja nas redes sociais ou nos corredores da empresa. Existe profissional que prefere tomar uma sequência de cafezinho enquanto as suas tarefas empilham na mesa. Imagine se ele for fumante?
Procrastinar é o ato de deixar as obrigações para serem executadas posteriormente. O corpo mole no ambiente de trabalho ou acadêmico se mantém cada vez mais presente nos dias atuais. Acho que você já se deparou com algum amigo na universidade que ficou responsável por determinada tarefa, mas faltando poucas horas para a entrega do trabalho o procrastinador estava lá, tirando a paciência de todos os integrantes do grupo por não ter executado a sua parte do trabalho a tempo!
No ambiente de trabalho não é diferente. Quando eu era responsável pelo setor de comunicação de uma empresa da área de informática, ao chegar no trabalho no turno da manhã, passava as tarefas que deveriam ser realizadas no decorrer do dia para o profissional responsável. Temos que levar em conta que trabalhar na área de publicidade e designer gráfico não é fácil, necessita de muita atenção onde o tempo e os prazos são curtos. E quando a ideia some da cabeça, o computador trava, o celular pessoal toca e o papo rola solto, as idas e vindas consecutivas ao banheiro são intermináveis, o abrir e fechar da garrafa de café que não mantém a temperatura ideal do cafezinho, a conversa nos corredores, entre outros, o tempo de serviço prestado para empresa reduz drasticamente e as tarefas não são executadas em tempo hábil. O mais grave é quando eu corrigia um determinado texto, passava para o funcionário responsável, ele ficava com o mesmo parado na mesa de trabalho e quando o tal profissional ganhava coragem para publicar a matéria no site da empresa, estava lá o bendito erro ortográfico que não foi revisado! Todos os fatos representam o ato de procrastinar.
Diversos teóricos vêm tratando do tema referente a procrastinação nos últimos anos. Nós seres humanos temos que deixar o ato de empurrar com a barriga as nossas obrigações. Não podemos perder tempo em um mundo cada vez mais conectado e veloz. A informação está em mutação constantemente, ela muda em fração de segundo. Está na hora de revermos os nossos comportamentos para avançarmos em todas as esferas da vida, seja ela familiar, pessoal, acadêmica ou profissional. Não deixe para amanhã o que podemos fazer hoje, agora!
Ao realizar a leitura diária nos sites especializados em marketing e administração, tive a oportunidade de ler uma excelente matéria do especialista Eugênio Mussak, da revista Você S/A. Como estamos vivendo em um Brasil cada vez mais procrastinado, onde as reformas estão sendo empurradas com a barrigas há anos pelos políticos, assim como a tributária, a política e a do judiciário. Quer um exemplo claro de procrastinar no cargo público, especialmente quem tem o poder da tomada de decisão, basta analisar as matrizes energéticas do país, onde o apagão faz parte do dia a dia das empresas, dos cidadãos brasileiros, trazendo inúmeros prejuízos financeiros. Mas quantos anos se fala da problemática geração energética do Brasil? E a conta quem paga? Vem ai mais 30% de aumento na energia elétrica nacional até o final de 2015 e o Brasil nos últimos dias comprou energia elétrica da Argentina.
Por tantos temas que atrasam o crescimento do Brasil, o crescimento pessoal, acadêmico e profissional publico na integra do texto de Eugênio Mussak, confira abaixo:
Em 2015, abandone a procrastinação e o sedentarismo
Entende-se por hábito um modo recorrente de comportar-se. Algo que fazemos repetidamente e incorporamos a nossos usos e costumes. Não se nasce com hábitos, eles são desenvolvidos pelo aprendizado e incorporados pela repetição.
Entre nossos hábitos, é claro, existem os bons, que nos fazem bem, como o hábito da leitura, a atividade física, a pontualidade e o controle financeiro. E existem aqueles dos quais adoraríamos nos livrar, como a procrastinação, o sedentarismo e a desorganização.
Sobre estes últimos, a pergunta clássica é: “Se você sabe que esse comportamento está lhe fazendo mal, por que não muda de hábito?” Bem, a resposta a essa pergunta não é assim tão simples.
Tem a ver com a própria evolução de nossa espécie. Acontece que entre as heranças de nossos ancestrais está o instinto de economizar energia, e isso se deve ao fato de que na época das cavernas a vida era dura. A energia vem da comida, que, na ocasião, precisava ser obtida todos os dias, principalmente por meio da caça, que significava perigo e grande risco de insucesso. Nosso avô pré-histórico não tinha geladeira nem um supermercado onde se abastecer, coitado.
Por isso a obsessão instintiva para gastar pouca energia. Daí o hábito, pois ele economiza energia. Quando fazemos algo por hábito, estamos sendo biologicamente previdentes. Experimente passar um dia inteiro falando em outra língua, escrevendo com a mão esquerda (se você for destro) ou mesmo fazendo um trabalho novo. No fim do dia, você estará exausto. Saiu do hábito.
Esse fator, que nos escapa quando não o compreendemos, é o grande responsável pelos hábitos que as pessoas, as empresas e a própria sociedade não conseguem abandonar, apesar de comprovadamente ultrapassados e desnecessários. Pense por que arquivamos papéis inúteis, reconhecemos firmas, fazemos relatórios desnecessários, produzimos burocracia, mantemos processos obsoletos. Por mero hábito.
Mas tem solução, não se desespere. Só que a solução gasta energia, claro. É só investir em três palavrinhas mágicas: lucidez, decisão e atitude. O resto é consequência.
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