Por outro lado, tem candidatos que lançam suas candidaturas ao vento, sem o a atenção necessária que requer um planejamento estratégico de marketing. Os “marketeiros” utilizam-se das músicas mais tocadas nas rádios, as que estão na ponta da língua do povo fazendo apenas uma adequação na composição da letra, ou melhor, plagiando. É impressionante o talento nato dos profissionais responsáveis pelo marketing dos candidatos, fazendo valer o 3x4 a cópia das criações executadas nos pleitos passados, ou cópias perfeitas do conteúdo comunicativo das campanhas do mundo a fora, como por exemplo, dos Estados Unidos da América. Que coisa, é a internet aproximando o mundo das criações e dos plágios. Mas como Duda Mendonça afirma: entre idéia nova e idéia que funciona, ele prefere a idéia que funciona. Logicamente a idéia que funciona foi criada e executada por ele no passado e não por outros profissionais.
Muitos candidatos não percebem que estão dando um tiro no próprio pé. Eles não conseguem vislumbrar os problemas que podem surgir através da falta de um profissional de marketing competente que tenha conhecimento da ciência comunicativa para minimizar os ricos da candidatura e dos investimentos financeiros no decorrer do pleito.
No blog do mega profissional da área do marketing político, Duda Mendonça - http://www.blogdoduda.com.br/ - considerado por muitos profissionais comunicólogos como o mago da campanha política, o jingle é uma das peças mais importantes de uma campanha política, não sendo apenas uma música bonitinha, ele é conceito, tem que apresentar as virtudes do candidato, ele tem que ser bonito e criativo e também ser um discurso cantado que entra pela cabeça e atinge o coração. Infelizmente, na maioria das vezes, não é o que ouvimos nessa campanha que envolve os mais de 70 municípios sergipanos. Experimenta e chupa que é de uva! Péssimo.
Ao citar o jingle como uma das peças principais após o planejamento estratégico da campanha política, fica evidente que o conceito já foi previamente estabelecido para originar posteriormente a música cantada e em seguida, aplicar o conceito nas demais peças gráficas, vídeos, internet, rádio, TV,... A falta de uma unidade no campo da direção de arte em propaganda é explícita. Existem candidatos utilizando-se das mesmas cores, da mesma tipologia, da mesma estrutura de marca. As ferramentas do marketing servem para viabilizar o diferencial na apresentação e na abordagem das peças junto aos eleitores de uma forma mais estratégica. Será que as cores idênticas, as letras e as peças publicitárias parecidas não atrapalham o pleito? Perguntei só para aguçar o pensamento dos leitores. Mas é evidente que atrapalham a campanha do candidato.
Outro ponto forte é a baixa qualidade das peças gráficas, principalmente dos candidatos das cidades interioranas de Sergipe. A falta de criatividade é explícita. Muitos aventureiros de primeira viagem, acham que colocar uma foto de baixa qualidade e com um pífio “conceito” soluciona o problema de comunicação do candidato. Vote no Prefeito X e experimenta! Experimenta o que é de bom ou de pior? Ainda tem eleitor que arrisca em experimentar.
Temos que ficar atentos as diversas variáveis existentes no mercado local, já que o candidato é considerado um produto ou serviço. Será que o candidato já foi eleito a algum cargo público? Quais foram os principais trabalhos realmente efetivados junto a população e quais valem a pena ser evidenciados? E sobre o grupo político que apóia o candidato? Quais são as propostas do candidato, será que tem um Plano de Ação Integrada para ser evidenciado na campanha? Ou é do tipo de candidato que usa simplesmente a retórica no comício e quando se elege, esquece das promessas realizadas no pleito? Como tal candidato é percebido e aceito pelos eleitores da sua cidade? Quem são os eleitores? Qual a faixa etária? E suas variáveis? A população envelhece, os jovens e os adultos estão mais instruídos? E os candidatos? E sobre os concorrentes, o que a equipe de assessores sabe sobre marketing e principalmente, o que eles sabem sobre os candidatos concorrentes? Será que a equipe sabe avaliar e identificar o uso da ciência comunicativa no pleito eleitoral objetivando desconstruir o discurso do concorrente e reconstruir o discurso do candidato? Ou a equipe de assessores sabe apenas reforçar a descredibilidade do candidato oponente, chegando ao ponto de ofender e levantar calúnias do concorrente e da sua família? Será que a equipe faz parte do cordão dos bajuladores, até onde tal comportamento pode interferir? São tantas variáveis para decifrar, compreender e posteriormente trabalhar, trabalhar e muito para chegar à vitória!
Como profissional da comunicação tive a oportunidade de participar de alguns pleitos eleitorais no estado de Sergipe. Foram muitos trabalhos executados, alguns não chegaram à vitória do candidato, mas fizeram sucesso no pleito. Afinal, uma campanha política não é vencida simplesmente pelo marketing, o mesmo ajuda muito o candidato a se aproximar dos eleitores e apresentar o conteúdo, as propostas da campanha de forma convincente, mas por outro lado, existem as tais variáveis apontadas acima. Também existiram trabalhos que saíram vitoriosos do pleito eleitoral! Outro fator que vale destaque, é que uma campanha política é executada por uma equipe de marketing e pelos assessores do candidato e por isso, não estou aqui para dizer que fui o diretor de marketing das campanhas, mas estava integrado no núcleo do marketing, pensando, opinando, executando, apresentando e trabalhando, trabalhando muito para o sucesso do candidato e a absorção de conhecimento.
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