terça-feira, 2 de junho de 2009
Parque Ecológico Tramandaí: tenho a obrigação de contribuir para a evolução da sociedade que estou inserido.
Estamos nos aproximando do dia mundial do meio ambiente, 5 de junho. É sabido que os problemas locais relacionados à agressão do meio ambiente contribuem às problemáticas globais. No Brasil existem inúmeros problemas ambientais, como a repercussão mundial do desmatamento e das queimadas clandestinas ocorridas na floresta Amazônica, realizadas pelas madeireiras e agronegócios.
No litoral brasileiro, segundo o site Educacional.com.br, resta somente 7% da floresta original da Mata Atlântica, e o pouco que sobrou sofre pressões em diversas cidades, seja por empreiteiras ou pelos diretores dos grandes empreendimentos turísticos global, sendo apoiados, por diversas vezes, pelos órgãos competentes que deveriam fiscalizar e restringir tais ações degradatórias e de expansão populacional.
Na cidade de Aracaju, não é só a Mata Atlântica que sofre com o desmatamento. Ocupações irregulares, pressão das empreiteiras locais junto aos órgãos competentes, e também o crescimento desordenado da cidade estão contribuindo para os graves problemas ambientais. O Plano Diretor da Cidade de Aracaju não tem ordenado o crescimento nas principais regiões em desenvolvimento e não cumpre o papel de preservar o meio ambiente, a falta de ações práticas de políticas ambientais é notória.
O problema mais recente chama-se Zona de Expansão. De um lado está sendo construído o calçadão da orla marítima para embelezar o bairro Aruana e do outro as chuvas intensas que vem caindo prejudicam centenas de famílias. As ruas ficaram intrafegáveis e as casas alagadas. Muitos moradores do conjunto Costa do Sol e Atlântico Sul perderam o sono nas madrugadas, suspendendo os móveis e retirando a água invadida. Nem os carros e nem as pessoas entravam ou saiam das suas residências, a não ser é claro, de caminhão ou as pessoas andando com a água acima dos joelhos podendo contrair doenças transmitidas pelas águas, como no caso a leptospirose. Fica evidente mais uma vez a falta de comprometimento dos órgãos competentes em não executar as obras de infra-estrutura. Lamentável!
Outro agravante que vem ocorrendo na Zona de Expansão é a falta de tratamento e destinação do esgoto sanitário. Os dejetos “in natura” são lançados diretamente no solo e nos lagos artificiais, contaminando o lençol freático da região. O Rio Vaza Barris e os seus afluentes estão sofrendo com o recebimento do esgoto daquela região. O meio ambiente da Zona de Expansão vem sofrendo muita pressão nos últimos anos, como por exemplo: a falta de respeito pelas dunas e vegetação da região, a liberação do solo para a construção de edifício na beira, aquele, vizinho as dunas! Temos que ser claros: cresceu vertiginosamente o número de famílias e os empreendimentos residenciais não param de crescer. Segundo o site Fórum Imobiliário, o valor do metro quadrado do solo da Zona de Expansão no ano de 2008 cresceu, nos últimos dez anos, 600%.
A exploração imobiliária, a falta de ações do poder público e a consciência ambiental da própria população levaram o bairro mais valorizado de Aracaju, o Jardins, a massacrar o Parque Ecológico Tramandaí nos últimos 12 anos. Para se ter uma idéia, é lançada por dia uma carga excessiva de esgoto sanitário no coração do Tramandaí. Em seguida, as águas poluídas do Parque Ecológico desembocam entre o rio Sergipe e Poxim, passando pelo bairro 13 de Julho, Atalaia Nova, Coroa do Meio até chegar ao Oceano Atlântico.
Na conclusão do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Tiradentes, trabalhei na monografia juntamente e arduamente com Paulo Eduardo da WG Produções, e o nosso tema foi alicerçado no Marketing Ambiental, Projeto VidaMangueVerde: Parque Ecológico Tramandaí do passado à contemporaneidade. Foi bastante gratificante estudar a fundo as problemáticas do Parque Ecológico e a história ambiental da cidade de Aracaju. E com a aproximação do dia Mundial do Meio Ambiente a temática merece uma atenção redobrada e toda especial.
Lembro-me do juramento que fiz perante meus familiares, os familiares dos formandos, a sociedade estudantil e principalmente aos representantes da amada Universidade Tiradentes: tenho a obrigação de contribuir para a evolução da sociedade que estou inserido. Para dar continuidade ao projeto e respeitar o campo da deontologia e o Código de Ética dos publicitários, assumo a obrigação novamente em contribuir para a evolução da sociedade aracajuana. Nos próximos dias estarei recuperando todos os arquivos que foram executados no Projeto de Formatura e apresentarei aqui no blog carlosfabriciocomunicologo. O objetivo não é somente apresentar aos leitores, mas redigir o projeto e buscar parceiros para implantação. O foco é a sustentabilidade do Parque Ecológico Tramandaí. Viva o Marketing Social e Ambiental!
Fotos: CarlosFabrícioComunicólogo
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2 comentários:
Gostei desse post. Estou fazendo uma matéria sobre esse tema, gostaria de fazer uma entrevista com você. Enviei um email explicando melhor...
Allana Andrade (jornalismo UFS)
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